Título: A gente dá certo.
Autor: Leonardo Antan
Número de Páginas: 119
Editora: Rico
Nota (0 a 5): 4,5
Já tinha lido alguns livros com temas de
músicas, mas nenhum como esse. O próprio título sugere e a narrativa não fica
para trás. A cada capítulo, uma música diferente, mas que tem total relação com
a história. É um livro musical.
A história é leve, fluida e ainda traz
questionamentos importantes. Amei este livro principalmente pelo fato de se
passar na cidade em que vivo (Rio de Janeiro) e as músicas, filmes e novelas
citadas, remeterem a minha infância e adolescência. Houve momentos que cantei
com os personagens. Foi uma nostalgia muito gostosa de ler.
Em busca de resgatar esse sentimento, Juliana
e Rodrigo iniciam uma conversa nostálgica. Entretanto, ambos mudaram. Ela,
começando a se reencontrar e descobrir o que quer ser. Ele, mais centrado e com
uma viagem internacional marcada para o dia seguinte.
O livro é incrível. Romântico, divertido e com
inúmeros ensinamentos e questionamentos. A cada capítulo, descobrimos um pouco
do passado do casal e como ambos chegaram onde estão. O autor, ainda conseguiu trazer
assuntos importantes como: preconceito, orientação sexual, abusos, estereotípicos,
sentimentos, perdas, amor próprio, dentre outros. Assuntos delicados, mas
abordados com uma leveza fora do comum.
.
O único motivo de não ter dado cinco estrelas
foi pelo fato de haver muitos diálogos e confesso que em determinados momentos,
principalmente no início, eu fiquei um pouco perdida. Porém, é um livro que
vale a pena ser lido. Parece clichê, mas garanto que não é. O autor conseguiu
finalizar com um desfecho esplêndido e apropriado para a história.
Alguns quotes:
“Eu refleti e falei: Por que fico alisando
meu cabelo, se ele pode ser bonito ao natural também? Não preciso esconder
minhas raízes ou quem eu sou para agradar alguém…”
.
“Essa nostalgia faz bem, mas é complicada.
Não dá pra pensar que uma geração vai ser igual à outra. Olha o mundo, como
mudou. É impossível as crianças serem as mesmas, assim como nós somos adultos
diferentes dos de dez anos atrás. […]”
.
“Mas, sei lá, enterro é isso, um rito de
passagem. Não para a pessoa que foi, mas para os que ficaram. Tão importante
viver o luto, ter um momento pra chorar e refletir. É só encarando e
mergulhando na tristeza que podemos superá-la. Tudo é tão efêmero. Apenas um
instante e acaba. […]”
“A culpa em um relacionamento nunca é de uma
pessoa só. Relação é feita de dois.”
Curiosidade: Para quem gosta de ler com
música (o que não é o meu caso), no final do livro tem QR CODE para baixar a
playlist das músicas no Spotify ou YouTube.
E aí? Gostaram?

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