25 de out. de 2018

Resenha: Jack o estripador - Rastro de Sangue

Título: Jack o Estripador – Rastro de Sangue
Autora: Kerri Maniscalco
Editora: DarkSide
Número de páginas: 347
Nota (0 a 5): 4,5


O nome do livro assusta, afinal, trata-se de um assassino que ficou marcado na História e que nunca foi capturado. Porém, esse livro não conta a história real deste vilão, mas alguns trechos e fatos que ficaram conhecidos na época (e ainda hoje) e a partir disso, a autora criou uma ficção.

Particularmente, eu adoro livros que mescla fatos reais com ficção. Sinto que dá mais realidade na história.

A história se passa na era vitoriana, em Londres, quando casos de mulheres sendo assassinadas de uma maneira bastante violenta começam a acontecer. Nossa protagonista é Audrey, uma jovem que estuda medicina forense, tendo como mestre seu tio, porém escondida do pai, afinal, ela é uma dama!

O que mais me impressionou na narrativa foi o fato de Audrey ser uma mulher forte, decidida e questionadora das convenções da época. Ela não é uma típica donzela que se espera para época. Por trás de eventos sociais e bordados, Audrey ama estar no laboratório, abrindo corpos e sujando as mãos de sangue. Entretanto, isso não a torna menos feminina, pelo contrário, ela é vaidosa! E não se incomoda em sujar o vestido, caso seja necessário, se for para ajudar a polícia a encontrar o Jack.

Thomas é outro personagem que aparece bastante na narrativa e no cotidiano de Audrey. Perspicaz e inteligente, me lembrou um pouco o estilo de Sherlock Holmes. Um adversário a altura, porém para que consigam capturar o assassino, ambos terão que se unir e deixar o orgulho de lado.

Um livro recheado de suspense policial, com um pouquinho de romance e ainda, aborda o lado sexista da época, porém com força feminista e mais humana. O único ponto que tenho a reclamar é o “vilão” ser um pouco óbvio demais. Entretanto, é um livro que recomendo muitíssimo a ler! Um livro com uma diagramação e mensagens impressionantes.

Alguns quotes:

“De todo mundo na sala de aula, ele pelo menos não se encolhia de terror ou medo por conta da violência deste crime. Sentir medo não ajudaria a fazer justiça para a família: este rapaz parecia entender disso.”

“A morte não tinha preconceitos com coisas mortais como posição social e gênero. Ela vinha da mesma forma para reis, rainhas, prostitutas, com frequência deixando os vivos com arrependimentos”.

“Aqueles que merecem respeito o recebem livremente. Se alguém precisar exigir tal coisa, este alguém nunca realmente a comandará”.

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