Autora: Kerri
Maniscalco
Editora: DarkSide
Número de páginas:
347
Nota (0 a 5): 4,5
O nome do livro
assusta, afinal, trata-se de um assassino que ficou marcado na História e que
nunca foi capturado. Porém, esse livro não conta a história real deste vilão,
mas alguns trechos e fatos que ficaram conhecidos na época (e ainda hoje) e a
partir disso, a autora criou uma ficção.
Particularmente, eu
adoro livros que mescla fatos reais com ficção. Sinto que dá mais realidade na história.
A história se passa
na era vitoriana, em Londres, quando casos de mulheres sendo assassinadas de
uma maneira bastante violenta começam a acontecer. Nossa protagonista é Audrey,
uma jovem que estuda medicina forense, tendo como mestre seu tio, porém escondida
do pai, afinal, ela é uma dama!
O que mais me
impressionou na narrativa foi o fato de Audrey ser uma mulher forte, decidida e
questionadora das convenções da época. Ela não é uma típica donzela que se
espera para época. Por trás de eventos sociais e bordados, Audrey ama estar no
laboratório, abrindo corpos e sujando as mãos de sangue. Entretanto, isso não a
torna menos feminina, pelo contrário, ela é vaidosa! E não se incomoda em sujar
o vestido, caso seja necessário, se for para ajudar a polícia a encontrar o
Jack.
Thomas é outro
personagem que aparece bastante na narrativa e no cotidiano de Audrey. Perspicaz
e inteligente, me lembrou um pouco o estilo de Sherlock Holmes. Um adversário a
altura, porém para que consigam capturar o assassino, ambos terão que se unir e
deixar o orgulho de lado.
Um livro recheado de
suspense policial, com um pouquinho de romance e ainda, aborda o lado sexista da
época, porém com força feminista e mais humana. O único ponto que tenho a
reclamar é o “vilão” ser um pouco óbvio demais. Entretanto, é um livro que
recomendo muitíssimo a ler! Um livro com uma diagramação e mensagens
impressionantes.
Alguns quotes:
“De todo mundo na
sala de aula, ele pelo menos não se encolhia de terror ou medo por conta da
violência deste crime. Sentir medo não ajudaria a fazer justiça para a família:
este rapaz parecia entender disso.”
“A morte não tinha
preconceitos com coisas mortais como posição social e gênero. Ela vinha da
mesma forma para reis, rainhas, prostitutas, com frequência deixando os vivos
com arrependimentos”.
“Aqueles que merecem
respeito o recebem livremente. Se alguém precisar exigir tal coisa, este alguém
nunca realmente a comandará”.

Nenhum comentário:
Postar um comentário