Título: Espelho,
espelho meu, qual crush escolho eu?
Autora: Priscila
Debly
Editora: Coerência
Número
de Páginas: 152
Nota
(0 a 5): 4
Este livro conta a história de Anabelle, ou
Ana, como ela prefere ser chamada, que encontrou no balé o descarregamento para
os seus problemas. Com uma infância complicada, Ana guarda muitos traumas em
seu íntimo. Traumas que irão desencadear uma série de problemas na vida da
jovem. Aos dezoito anos, enquanto cursava a faculdade de Direito, se vê
apaixonada por dois jovens capazes de tirar o fôlego de qualquer moça, e
aparentemente, ambos se sentem atraídos por ela… Entretanto, ela ainda
desconhece o significado do amor e não consegue decidir por qual rapaz
escolher.
A primeira impressão que tive ao ver esse
livro foi de que se tratava de uma história adolescente com um triangulo amoroso,
fofa, e ótima para se livrar de ressacas literárias. Estava enganada. Esse
livro aborda muitos assuntos fortes, mas necessários, como abusos, autoestima e
problemas psicológicos. É interessante também, algumas críticas que encontramos
no decorrer da narrativa, como a luta por um Brasil melhor e o feminismo.
Ana é uma personagem complexa, apesar da
idade e de estar cursando uma faculdade, muitas vezes ela tinha comportamentos
infantis, possivelmente por causa da sua infância conturbada. Entretanto,
apesar das oscilações da sua autoestima, percebemos o quanto ela tentar lutar
para viver um dia de cada vez e muitas vezes cometendo loucuras ou insensatez.
Na maior parte do livro vemos sua indecisão
entre os possíveis amores, porém não se deixem enganar, nem tudo é o que parece
ser e isso inclui Phillipe e Daniel. Ambos me surpreenderam pelas suas
atitudes, no inicio, achei que seria apenas um playboyzinho, principalmente se
tratando de Phillipe, mas estava enganada. Daniel também não é o que aparenta
ser, e durante a leitura, fiz inúmeras teorias a respeito dele.
Durante o livro também temos algumas
passagens de tempo, então encontramos os personagens em sua fase mais adulta.
Entretanto, algumas dessas passagens foram demasiadas rápidas e senti falta da
riqueza de detalhes e acontecimentos que a autora colocou na maior parte do
livro, porém, nem mesmo isso tira o encantamento da história. Quanto o final, é
surpreendente e reflexivo, nos fazendo analisar toda a história da personagem e
inclusive pensarmos nas nossas próprias vidas. Inúmeras mensagens estão
embutidas e é preciso ler com cautela para assim poder compreendê-las.
Separei alguns quotes que merecem serem
destacados:
“[…] uma pessoa só é considerada boa o suficiente,
se ela tem um celular maravilhoso de última geração, ou se ela usa roupas de
marca, e se tem uma vida social na classe dominante. O mundo é injusto, mas
recusamo-nos a enxerga-lo, e mudar esta realidade.”
“Muitas pessoas reclamam da rotina, mas quando
somos postos em situações diferentes, temos medos de tentar. […]”
“[…] transforme suas fraquezas e dificuldades
em mais um motivo para buscar a liberdade da felicidade. A vida é feita de
superações e conquistas. Em cada dia há uma nova poesia!”

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