30 de jan. de 2019

Resenha: O Colecionador


Título: O Colecionador
Autor: John Fowles
Editora: Darkside
Número de Páginas: 343
Nota (0 a 5): 5


Escrito em 1963. O Colecionador conta a história de Frederick Clegg, um funcionário público que colecionava borboletas, ganhando inclusive, prêmios pela sua extensa coleção. Um rapaz solitário e excluído socialmente, mas apaixonado por Miranda e fascinado pela sua beleza, porém nunca teve coragem de se apresentar, apenas a observava de longe e seguia os seus passos… Quando ganha na loteria, vê a oportunidade de finalmente conhecer Miranda e fazê-la se apaixonar por ele também.


Miranda se torna a sua obsessão, diante disso, Clegg começa a ter ideias de comprar uma casa, construir um cativeiro confortável, ficar mais atraente e por fim, sequestra-la. Tudo com o único propósito de fazê-la ama-lo. A narrativa de Clegg nos mostra que esses pensamentos eram apenas intenções, mas vão se transformando em realidade a cada virar de páginas.

O livro é dividido em várias partes, então conhecemos a visão de ambos personagens. Clegg, um rapaz apaixonado tentando ao máximo conquistar sua “hóspede” com amor e devoção, e Miranda, uma jovem aterrorizada, tentando entender a cabeça do seu sequestrador ao mesmo tempo em que tenta fugir do cativeiro.

É um livro perturbador, pois conhecemos a mente de um psicopata carente e de uma jovem inteligente, porém aterrorizada e que a todo tempo tenta dobrar seu sequestrador. O maior terror do livro é de não saber o limite de Clegg. Ele, em nenhum momento, abusa ou a trata com violência, muito pelo contrário, muitas vezes, o vemos fazendo as vontades dela.

O Colecionador traz inúmeros sentimentos, alguns momentos temos empatia por Clegg, mas também odiamos o fato dele manter Miranda como prisioneira. Através do diário de Miranda, conhecemos mais sobre si, seus planos para o futuro e a compaixão que sente pelo seu cárcere, pois ela sabe que ele tem uma mente perturbada e que precisa de tratamento. É interessante ver o crescimento de Miranda e em como ela começa a ver a vida. Ela só quer se libertar, enquanto Clegg a quer para admirá-la como contempla sua coleção de borboletas.

O livro traz inúmeras referências artísticas e literárias. Traz também, um comentário (ler após o término do livro, pois contém spolier) de Stephen King sobre o achou da narrativa. Isso tudo, deixa o livro ainda mais incrível.

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CantinhodaAmiga

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