Título: O
Colecionador
Autor: John
Fowles
Editora: Darkside
Número de Páginas:
343
Nota (0 a 5): 5
Escrito em 1963. O
Colecionador conta a história de Frederick Clegg, um funcionário público
que colecionava borboletas, ganhando inclusive, prêmios pela sua extensa
coleção. Um rapaz solitário e excluído socialmente, mas apaixonado por Miranda
e fascinado pela sua beleza, porém nunca teve coragem de se apresentar, apenas
a observava de longe e seguia os seus passos… Quando ganha na loteria, vê a
oportunidade de finalmente conhecer Miranda e fazê-la se apaixonar por ele
também.
Miranda se torna a
sua obsessão, diante disso, Clegg começa a ter ideias de comprar uma casa,
construir um cativeiro confortável, ficar mais atraente e por fim, sequestra-la.
Tudo com o único propósito de fazê-la ama-lo. A narrativa de Clegg nos mostra
que esses pensamentos eram apenas intenções, mas vão se transformando em
realidade a cada virar de páginas.
O livro é dividido em
várias partes, então conhecemos a visão de ambos personagens. Clegg, um rapaz apaixonado
tentando ao máximo conquistar sua “hóspede” com amor e devoção, e Miranda, uma
jovem aterrorizada, tentando entender a cabeça do seu sequestrador ao mesmo
tempo em que tenta fugir do cativeiro.
É um livro perturbador,
pois conhecemos a mente de um psicopata carente e de uma jovem inteligente,
porém aterrorizada e que a todo tempo tenta dobrar seu sequestrador. O maior
terror do livro é de não saber o limite de Clegg. Ele, em nenhum momento, abusa
ou a trata com violência, muito pelo contrário, muitas vezes, o vemos fazendo
as vontades dela.
O Colecionador traz
inúmeros sentimentos, alguns momentos temos empatia por Clegg, mas também
odiamos o fato dele manter Miranda como prisioneira. Através do diário de Miranda, conhecemos mais sobre
si, seus planos para o futuro e a compaixão que sente pelo seu cárcere,
pois ela sabe que ele tem uma mente perturbada e que precisa de tratamento. É
interessante ver o crescimento de Miranda e em como ela começa a ver a vida. Ela
só quer se libertar, enquanto Clegg a quer para admirá-la como contempla sua
coleção de borboletas.
O livro traz inúmeras
referências artísticas e literárias. Traz também, um comentário (ler após o término
do livro, pois contém spolier) de Stephen King sobre o achou da narrativa. Isso
tudo, deixa o livro ainda mais incrível.

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